Artista Toulouse-Lautrec


Toulouse-Lautrec sofria de uma doença desconhecida em sua época. Certamente umadistrofia poli-hipofisária (debilidade óssea que compromete o crescimento). Sofreu dois acidentes em sua juventude, fraturando o fêmuresquerdo aos doze anos e o direito aos quatorze anos. Os ossos mal soldados pararam de crescer e fizeram com que Henri não ultrapassasse a altura de 1,52 m, tornando-se um homem com corpo de adulto, mas com pernas curtas de menino.[1] Porém, o jovem não se deixou abater por tal infortúnio. Em seus longos períodos de cama, Toulouse-Lautrec fazia desenhos e pintava aquarelas, abrindo espaço para seu incrível talento que ainda se desfraldaria.


Quem foi 
Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa foi um importante pintor e litógrafo francês do período pós-impressionista. É considerado um artista de vanguarda do Modernismo e da Art Nouveau. Nasceu na cidade francesa de Albi em 24 de novembro de 1864 e faleceu, aos 36 anos de idade, na cidade de Saint-André-du-Bois em 9 de setembro de 1901.

Biografia (principais momentos da vida)

- Nasceu numa família nobre francesa.
- Desde a infância sofreu com uma doença óssea que dificultou o crescimento de suas pernas.
- Mesmo com estas dificuldades físicas, Toulouse-Lautrec passou a desenhar e pintar aquarelas desde o início da juventude.
- Com 16 anos de idade, foi estudar pintura com o rígido pintor francês Léon Joseph Florentin Bonnat.
- Em 1881, decidiu ser pintor e foi morar em Paris.
- Tempos depois foi estudar pintura com outro artista francês, Fernand Cormon.
- Em 1886, montou seu próprio estúdio de artes.
- Levando uma vida boêmia, o artista exagerava no consumo de bebidas alcoólicas e nos diversos relacionamentos com mulheres. Com este comportamento, contraiu sífilis.
- Viajou no começo da década de 1890 para Londres.


Características do estilo artístico

- Toulouse-Lautrec usou como temática principal de suas obras a vida boêmia de Paris;
- Adotou um tom de sátira em suas obras;
- A composição de suas obras era dinâmica, fruto do desenvolvimento da fotografia no final do século XIX.
- Destacava a individualidade dentro dos grupos de pessoas;
- Tinha preferência por cores quentes e fortes (vermelho, laranja e amarelo);
- Tinha preferência em retratar pessoas.
obra de Toulouse Lautrec Na Cama, óleo sobre cartão de Toulouse-Lautrec de 1893

Principais obras de Toulouse-Lautrec

- Retrato de Vicent Van Gogh
- No Circo Fernando
- Moulin Rouge
- Retrato de Gabrielle
- Cartaz do Moulin Rouge
- La reine de joie
- La Goulue chegando no Moulin Rouge
- No Moulin Rouge: Duas Mulheres Valsando

Troupe de Mlle Elegantine (cartaz de 1896).
Sua habilidade em capturar as pessoas em seu ambiente de trabalho, com a cor e o movimento da pululante e opulenta vida noturna porém sem o glamour. Usava muito vermelho, em geral de maneira contrastante, usava o cabelo cor de laranja e a cor verde limão para traduzir a atmosfera elétrica da vida noturna. Era um mestre do contorno, podia retratar cenas de grupos de pessoas onde cada pessoa é individual (e na época podia ser identificada apenas pela silhueta). Frequentemente ele aplicava a tinta em uma estreita e longilinea pincelada, deixando a base (papel, tela) ou o contorno aparecer. Sua pintura é gráfica por natureza, nunca encobria por completo o traço forte do desenho. O contorno simples era a "marca registrada" de Lautrec desde o início da carreira como designer de cartazes. Não pintava sombras. Sua pinturas sempre incluiam pessoas (um grupo ou um indivíduo) e não gostava de pintar paisagens.[3] O papel usado para os cartazes frequentemente era amarelo.[4][5]
Apesar da litografia cheia de cores de seu tempo poder acomodar dezenas de cores em um só cartaz, Lautrec geralmente escolhia apenas 4 ou 5, as vezes 6, raramente 6 cores. Ao invés de usar uma multiplicidade de cores, Henri preferiu criar seus efeitos com justaposições e modulações delicados.[6]

Os últimos anos


Exame na Faculdade de Medicina 1901.
Em 1899, a vida desregrada e o excesso de álcool finalmente cobram seu preço do artista. Lautrec sofre de crises e é internado numa clínica psiquiátrica. Ao sair é constantemente vigiado para que não beba e não volte a frequentar os bordéis, vigilância que ele consegue burlar. Sua saúde vai-se deteriorando cada vez mais, até que em 1901 não é mais capaz de viver sozinho. Henri despede-se de Paris com a certeza de que está com os dias contados. Sofre ataques de paralisia e quase não consegue mais pintar.
Em 9 de Setembro de 1901, Henri de Toulouse-Lautrec morre em consequência de um derrame nos braços de sua mãe, no Castelo de Malromé, perto de Bordeaux, às duas horas e quinze minutos da manhã.
Encontra-se sepultado no Cemitério de Verdelais, na França.[7]

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